

Lamego, 31 de agosto de 2024
+ António, Bispo de Lamego
Saúdo com muita alegria a comunidade paroquial de Almacave.
É com humildade, alegria e entusiasmo que acolho o convite do Sr. Bispo D. António Couto para servir Cristo, em cada pessoa que vou encontrar nessa comunidade de Almacave.
Estagiei nessa paróquia com Sr. Cónego Afonso, Sr. Cónego Simão e Monsenhor José Guedes; pastores que amaram e deram a vida, sem reservas, a Cristo, pelo bem desse ilustre povo de Almacave. É confiando no seu exemplo e proteção e na oração de cada um de vós que servirei com esperança, em Cristo, esta nova missão que o Senhor me confiou.
Uma saudação ao Sr. P. José Abrunhosa, com quem procurarei trabalhar com amizade fraterna e lealdade generosa.
P. José António
D. António Couto, Bispo de Lamego, nomeou Pároco in solidum da Paróquia de Santa Maria Maior de Almacave no Arciprestado de Lamego, o Pe. José António Magalhães Rodrigues, juntamente com o Pe. José Fernando Saraiva Abrunhosa.
O novo Pároco é natural de Paus - Resende, onde nasceu a 28 de janeiro de 1963.
Frequentou o Curso de Teologia no Seminário de Lamego (1979 a 1987) e fez o seu Estágio Pastoral na Paróquia de Castro Daire em 1987/88 e na Paróquia de Almacave em 1989/90.
Frequentou Curso de Espiritualidade de Comunhão em Itália (1988/89).
Foi ordenado Sacerdote em 30 de junho de 1990 na Igreja Catedral de Lamego.
Foi Pároco em Penela da Beira, Penedono e Granja de 1990 a 2010, na paróquia de Benevides – Belém do Pará – Brasil (2010/2011) e nas paróquias de Abrigada e Ota no Patriarcado de Lisboa de 2011 a 2019. Concluiu o Mestrado em Ontologia Trinitária em Itália, em 2021.
Neste momento era o Pároco das paróquias Ester, Parada de Ester e Cabril no Arciprestado de Castro Daire.
O Senhor Deus, chegado o tempo da Sua misericórdia infinita, chamou à Sua presença, na eternidade, o Padre José Pinto Rodrigues Guedes.
O nosso Bispo, D. António Couto, une-se, antes de mais, na oração, na fé e na esperança na vida eterna à família e às comunidades que o Pe. José Guedes serviu, agradecendo o dom da sua vida, vocação, ministério sacerdotal. A manifestação das condolências é acompanhada pela confiança nas palavras de Jesus, garantia de que a vida atinge a sua plenitude junto de Deus na eternidade.
“Enquanto conversavam e discutiam,
acercou-se deles o próprio Jesus
e pôs-se com eles a caminho”
Lc 24,15
Estimados Paroquianos
Talvez um dos relatos mais conhecidos e mais belos de Lucas seja o encontro de Jesus Ressuscitado com os dois discípulos na estrada de Emaús (Lc 24, 13-35).
A Paixão e a Morte de Jesus tinham deixada estes dois discípulos profundamente amargurados, desanimados e descrentes, a ponto de deixarem tudo, a cidade de Jerusalém, lugar da morte e da perseguição, e a comunidade dos discípulos agora desintegrada. Tudo tinha acabado e, por isso, voltam para casa desanimados e fracassados. Os príncipes dos sacerdotes e os chefes do povo tinham condenado à morte Jesus de Nazaré e por isso todos os sonhos e esperanças tinham caído por terra.
Queridos irmãos e irmãs!
Quando o nosso Deus Se revela, comunica liberdade: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egipto, da casa da servidão» (Ex 20, 2). Assim inicia o Decálogo dado a Moisés no Monte Sinai. O povo sabe bem de que êxodo Deus está a falar: traz ainda gravada na sua carne a experiência da escravidão. Recebe as «dez palavras» no deserto como caminho de liberdade. Nós chamamos-lhes «mandamentos», fazendo ressaltar a força amorosa com que Deus educa o seu povo; mas, de facto, o chamamento para a liberdade constitui um vigoroso apelo. Não se reduz a um mero acontecimento, mas amadurece ao longo dum caminho. Como Israel no deserto tinha ainda dentro de si o Egito (vemo-lo muitas vezes lamentar a falta do passado e murmurar contra o céu e contra Moisés), também hoje o povo de Deus traz dentro de si vínculos opressivos que deve optar por abandonar. Damo-nos conta disto, quando nos falta a esperança e vagueamos na vida como em terra desolada, sem uma terra prometida para a qual tendermos juntos. A Quaresma é o tempo de graça em que o deserto volta a ser – como anuncia o profeta Oseias – o lugar do primeiro amor (cf. Os 2, 16-17). Deus educa o seu povo, para que saia das suas escravidões e experimente a passagem da morte à vida. Como um esposo, atrai-nos novamente a Si e sussurra ao nosso coração palavras de amor.