

Quarenta jovens e alguns adultos receberam, no dia 1 de Junho, o Sacramento da Confirmação pela imposição das mãos do nosso Bispo, D. António Couto. O auditório do Centro Paroquial tornou-se Cenáculo onde pais, padrinhos e muitos jovens da Paróquia se congregaram para participarem nesta Celebração festiva da Confirmação dos adolescentes que terminam este ano o 10º da catequese paroquial.
O nosso Bispo deixou aos crismados uma mensagem de esperança e de compromisso, lembrando-lhes que, como confirmados, deverão tornar-se jovens evangelizadores, indo alegremente, pela ação do Espirito Santo, ao encontro dos outros jovens e levar-lhes a Boa Nova de Jesus.
Caros Paroquianos
A Páscoa é passagem para a vida plena, passagem para nós cristãos, que acreditam e vivem a Ressurreição de Jesus, das trevas à luz, do desânimo à esperança, do individualismo à comunidade. Pela sua entrega na cruz e pela sua ressurreição, Cristo venceu as forças do mal e da mentira, do pecado e da morte e promete aos seus discípulos a vitória do amor e da alegria. É esta a mensagem pascal que ecoa, como Boa Nova, por toda a parte, desde aquele Primeiro Dia da Semana.
Como estamos ainda necessitados desta Boa Nova!
As trevas que caíram sobre a terra, na Paixão do Senhor, ainda não se dissiparam. Continuam a escurecer o horizonte de muitos nossos irmãos.
O espírito quaresmal encaminha- nos para a Semana Santa, que precede a Páscoa.
Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa, a Igreja prepara-se para o Tríduo Pascal, contemplando o Servo sofredor. Nesse período, aparecem como figuras eloquentes, Maria, a Mãe de Jesus, Maria Madalena, que perfuma o corpo do Senhor, Pedro e Judas.
Na liturgia romana, o Tríduo Pascal é ponto culminante: "não se trata de um tríduo preparatório para a festa da Páscoa, mas são três dias de Cristo crucificado, morto e ressuscitado. Tem início na celebração da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, na missa vespertina, terminando com o domingo de Páscoa". São dias dedicados a celebrações e orações especiais.
Cruzam-se na Exortação Apostólica pós-sinodal Ecclesia in Europa, de 28 de Junho de 2003 [1], as temáticas da Europa e da esperança, articulação que hoje se compreende cada vez mais e melhor como necessária e urgente, dada a crescente onda de descrença que, nas últimas décadas, varre a Europa de forma imparável, transformando o espaço europeu num amontoado de velhas tábuas mais ou menos à deriva, sem rumo, sem destino e sem sentido.
1. Na sua mensagem para esta Quaresma, o Papa Francisco convida-nos a acolher Jesus que, por amor, se fez nosso irmão, descendo ao nosso nível, para nos entregar o amor, a paz, a alegria, a fraternidade e a verdade. Por isso, veio ter connosco. De longe e do alto, só nos podia atirar dinheiro, mas não nos enriquecia. Não tocava nem sarava as nossas feridas, não lavava os nossos pés, não afagava o nosso coração, não tornava mais divina a nossa humanidade. Ele, que é o «rosto humano de Deus e o rosto divino do homem» (Ecclesia in America [1999], n.º 67), desceu ao nosso mundo, fez-se pobre, caminhou e caminha connosco, no meio de nós, para nos enriquecer com a sua pobreza (2 Coríntios 8,9).
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?