Mensagem do Santo Padre Francisco para a celebração do Dia Mundial da Paz
«A PAZ COMO CAMINHO DE ESPERANÇA:
DIÁLOGO, RECONCILIAÇÃO E CONVERSÃO ECOLÓGICA»
1. A paz, caminho de esperança face aos obstáculos e provações
A paz é um bem precioso, objeto da nossa esperança; por ela aspira toda a humanidade. Depor esperança na paz é um comportamento humano que alberga uma tal tensão existencial, que o momento presente, às vezes até custoso, «pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros dessa meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho». Assim, a esperança é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis.
O Natal não é ornamento
O Natal não é ornamento: é fermento
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade
O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande
O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas
Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções
O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!
Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará
O Natal não é ornamento
José Tolentino Mendonça
Advento: Semente de um tempo novo
De novo o advento. Regressar ao princípio. Refazer, como novidade absoluta, o caminho antigo. Assumir a transumância como método. Ser nómada em obediência à voz antiga, aquela que sobrevive entre uma multidão de ruídos, o apelo do deserto, «endireitai…», como quem diz, «despertai!».
Mensagem do Santo Padre Francisco para o III Dia Mundial dos Pobres
XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(17 DE NOVEMBRO DE 2019)
«A esperança dos pobres jamais se frustrará»
1. «A esperança dos pobres jamais se frustrará» (Sal 9, 19). Estas palavras são de incrível atualidade. Expressam uma verdade profunda, que a fé consegue gravar sobretudo no coração dos mais pobres: a esperança perdida devido às injustiças, aos sofrimentos e à precariedade da vida será restabelecida.
Mensagem dos Párocos
A TODA A COMUNIDADE PAROQUIAL DE SANTA MARIA MAIOR DE ALMACAVE E SEUS COLABORADORES NA ACÇÃO PASTORAL
Igreja em Caminho e em Comunhão
Na Carta Pastoral de 1 de outubro de 2018, o nosso Bispo apontava no sentido de que os próximos três anos pastorais incidissem na revitalização do nosso amor à Igreja, nossa Mãe, que está em Lamego e em cada uma das suas paróquias. No decurso do Ano Pastoral anterior, colocamos diante de nós o rosto e o jeito da “Igreja Chamada e Enviada em missão”. No Ano Pastoral 2019-2020 ocupar-nos-emos, sobretudo com o rosto sinodal de uma “Igreja em Caminho e em Comunhão”. Na sua Carta Pastoral, o nosso Bispo detém-se, profundamente, sobre o significado da sinodalidade (cf. nº 8 e 9) e provoca-nos a que alarguemos os nossos horizontes em ordem a uma verdadeira sinodalidade: façamos caminho juntos, “lado-a-lado, em comunhão, não obstante as naturais diferenças que haja entre nós. Ou talvez mesmo por causa das diferenças que há entre nós, é que nós temos de aprender a caminhar juntos, acertando ritmos, passos e modos” (cf. nº11). Deste modo, somos desafiados a caminhar com crianças, jovens, pais, avós, amigos, inimigos… a adotar uma cadência, um novo modo de avançar que a todos sirva e a todos congregue sem deixar ninguém para trás. É este o grande impulso a tomar, não para fazermos mais coisas na nossa comunidade, mesmo que bonitas e interessantes, mas deixar a própria comunidade “a fazer-se” e a “como fazer-se”, a pensar-se por dentro para se deixar germinar, à medida que comprometa todos numa mesma caminhada, geradora de uma maior comunhão entre todos, crentes e descrentes, indiferentes e os mais presentes. No nº 12, da mesma Carta, o Senhor D. António Couto especifica já um plano a implementar que atualiza a sinodalidade: “Façamos crescer movimentos envolventes, cada vez mais amplos e envolventes; ao encontro de todos (…) empenhados no caminho longo do diálogo, da escuta e da partilha, da oração, da compreensão, da visitação e da caridade”. Neste caminho, o Senhor Bispo não deixa de relevar que a centralidade da fé, da evangelização e, sobretudo do Espírito Santo estão na base da sinodalidade.