Património

Igreja de Santa Maria Almacave

Construído próximo de uma necrópole árabe (macab – derivando daí o nome de Almacave), este templo religioso é uma construção românica (séc.XII), tendo sido profundamente alterado, especialmente no séc. XVII, como são testemunho os painéis de azulejos com motivos geométricos e vegetalistas, o púlpito e a talha dourada.
Do primitivo românico é de salientar o pórtico de arco apontado e quatro arquivoltas, debruada a mais extensa por uma faixa axadrezada. No séc. XVIII, os altares foram enriquecidos com azulejos e talhas douradas.
De realçar ainda, no seu interior - de nave única -  sem transepto e com capela-mor, os azulejos das paredes e do coro; o púlpito construído em 1600 e as esculturas de S. José e de Santo António, em madeira estofada do século XVIII.
Reza a história que terá sido na Igreja de Santa Maria de Almacave que se realizaram as primeiras cortes do Reino de Portugal, corria o ano de 1143. Ainda hoje, a evocação desta assembleia, na qual terá sido aclamado e investido o primeiro Rei de Portugal D. Afonso Henriques, é um dos símbolos do passado histórico de Lamego.
Classificação: MN - Monumento Nacional

 

Igreja da Graça

A atual Igreja é o que resta do antigo convento dos Gracianos, mandado erguer em 1647 por Francisco de Almeida Cabral, desembargador do Paço.
O velho convento viria a ser demolido nos finais século XIX, por força de um decreto de 21.02.1844, para dar lugar ao actual edifício da Câmara Municipal.
À porta da igreja ainda existia, no primeiro quartel do séc.XX, um belo pórtico renascentista que desapareceu aquando das obras de alinhamento da  Rua Marquês de Pombal (antiga Rua do Carvalho).
No seu interior, realce para a capela de Nossa Senhora das Dores e para o altar-mor que apresenta uma interessante talha pintada a branco.
No topo do arco da capela–mor encontra-se o brasão do fundador do antigo convento dos Gracianos.

 

Igreja de S. Francisco

A Igreja existente é o que resta do convento que foi erigido em 1599. Sofreu alterações no séc. XVII e mais tarde um hospital militar viria a ocupar parte do templo.
Depois de um incêndio na rua de Almacave, a entrada sofreu, em 1916, importantes alterações.
Dentro da Igreja realce para uma imagem de Nossa Senhora (séc. XVI), esculpida em madeira, merecendo especial destaque o quadro do altar-mor, magnífica pintura do séc. XVII, alusivo à morte de S. Francisco.
Na sacristia é digno de admirar o vistoso paramenteiro com os quadros alusivos à vida de S. Francisco, bem como a pintura do tecto.
Na capela da Senhora das Dores podemos admirar um belo portão de ferro datado de 1803, bem como painéis de azulejos alusivos à paixão de Cristo.

 

Igreja do Mosteiro das Chagas

O Mosteiro das Chagas, destinado a freiras clarissas, foi fundado em 1588 pelo bispo de Lamego, D. António Teles de Menezes, cuja pedra tumular se pode ver na capela-mor.
Algumas capelas, de talha ricamente policromada, foram transladadas para o Museu de Lamego, onde podem ser admiradas.
Do que resta do antigo Convento das Chagas, ficou-nos a actual Igreja em cuja frontaria se destaca o pórtico de estilo renascentista, ladeado por duas belas colunas coríntias. Na parte superior do arco destaca-se o brasão do bispo fundador.
No seu interior, de apreciar a pintura da abóbada central; belos azulejos do século XVII; talha dos altares digna de interesse; admirável retábulo de S. João Baptista, do barroco português; notável retábulo dourado do século XVII, existente na capela de S. João Evangelista. (ver Tesouros Artísticos).
Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público

 

Capela de Nossa Senhora da Esperança

Fundada em 1586 pelo padre Francisco Gonçalves.
De exterior alpendrado, a capela  possui magnífica talha barroca executada por artistas lamecenses entre o final do séc. XVII e princípio do séc. XVIII.
No altar-mor existe uma arcaica e invulgar imagem de Nossa Senhora da Esperança, valiosa escultura policromada em pedra de Ançâ, esculpida entre os séculos XV e XVI. (ver Tesouros Artísticos)
Possui, igualmente, uma escultura preciosa em madeira estofada do Senhor da Cana Verde ou “Ecce Homo” (séc. XVII).  As paredes são revestidas de belíssimos azulejos do séc. XVII.
Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público.