Inverter a Curva da Pobreza

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A Cáritas Portuguesa quer inverter a curva da pobreza em Portugal. Não pode haver um “novo normal” para a pobreza.

A missão da Cáritas em Portugal e no Mundo é combater todas as formas de pobreza e encontrar para cada pessoa que pede ajuda, caminhos de futuro ou novas oportunidades para recomeçar. A Cáritas olha para este momento da história como uma oportunidade para responder ao apelo do Papa Francisco de repor a verdadeira economia. “Melhorar a vida das pessoas tem de ser o primeiro objetivo de tudo o que fazemos. É urgente corrigir desigualdades e haver um compromisso global para inverter todas as situações de pobreza.

A partir do momento que uma pessoa pede ajuda a Cáritas o nosso empenho é para ela encontre ferramenta para não voltar a precisar da nossa ajuda.

Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa

A partir deste momento a Cáritas entra, por isso, numa nova fase de ajuda às famílias: “Estamos comprometidos em cooperar para a inversão da curva da pobreza em Portugal e a partir de hoje toda a nossa ação se canaliza para dar resposta aos efeitos provocados pela Covid-19 a quatro níveis:

1) apoio de primeira linha;
2) apoio de Recuperação Socio Económica Inclusiva;
3) Apoio à capacitação da estrutura social da rede nacional Cáritas;
4) Apoio à rede Cáritas Internacional

“Fazê-lo, hoje, em Dia de Corpo de Deus queremos dar um sinal à sociedade portuguesa do nosso compromisso com os mais pobres, à imagem daquilo que nos é exigido pela nossa identidade cristã. Quando os apóstolos disseram a Jesus que as pessoas o ouviam estavam com fome, eles não estavam a falar apenas de pão e vinho, mas do que é necessário para viver.” Eugénio Fonseca.

O apelo que a Cáritas faz a toda a população portuguesa é que acreditem que é possível, através de mais justiça social e solidariedade, erradicar a pobreza absoluta. O pouco de muitos tornar-se-á numa gigante solidariedade. “Naturalmente que para além do donativo individual, é necessária a cooperação com as entidades locais e com todas as organizações no terreno que têm o mesmo fim e, naturalmente, precisamos da ajuda de todos os portugueses e empresas para que esta missão seja possível.” Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.

Em todo o país, através do seu trabalho diário de contacto com a população, a Cáritas foi uma das primeiras organizações a sentir os efeitos socioeconómicos da pandemia e a alertar para as suas graves consequências junto das famílias portuguesas. Face às alterações sociais que foram impostas às famílias, muitas novas situações de pedidos de apoio surgiram e para elas, como sempre, a Cáritas criou uma resposta imediata. Desde o início da atual crise provocada pela propagação do novo Coronavírus – COVID-19, que a rede das 20 Cáritas Diocesanas responde ao aumento na procura de ajuda nos grupos considerados de apoio prioritário: população sénior, famílias e crianças em situação de vulnerabilidade, pessoas em situação de sem-abrigo, migrantes em situação de vulnerabilidade social.

A Cáritas Portuguesa assegurou, na primeira hora, todas as condições de saúde e higiene aos seus profissionais, voluntários e beneficiários. Disponibilizou, em abril, uma verba de apoio às Cáritas Diocesanas que nunca pararam o seu trabalho no terreno e identificaram como principal necessidade o acesso a bens alimentares. Chegou a hora de reforçar e multiplicar a nossa ação no terreno. “Pela nossa capacidade de proximidade, estamos junto daqueles que procuram a nossa ajuda nas comunidades um pouco por todo o país. Precisamos de todos, agora, para nos ajudarem neste milagre da multiplicação e garantir que tudo é feito para que as famílias, possam recuperar a sua vida ou redesenhar o seu caminho.” Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa. A rede nacional Cáritas irá continuar a trabalhar para que todos os que estão em situação de maior vulnerabilidade tenham condições para uma subsistência com dignidade, para que ninguém fique para trás.