Grupo de Jovens de Almacave participou no Jubileu do Ano Santo da Juventude e Roma

O Papa desafiou os jovens católicos dos cinco continentes a um compromisso solidário e de fé, para a construção de um mundo “mais humano”. “Refleti sobre o vosso modo de viver e procurai a justiça para construir um mundo mais humano.
Servi os pobres e dai assim testemunho do bem que sempre gostamos de receber do nosso próximo. Adorai Cristo no Santíssimo Sacramento, fonte da vida eterna. Estudai, trabalhai e amai segundo o exemplo de Jesus, o bom Mestre que caminha sempre ao nosso lado”, disse Leão XIV, na vigília de oração do Jubileu dos Jovens, que reuniu centenas de milhares de peregrinos na esplanada de Tor Vergata, arredores de Roma. O Papa ouviu questões de três jovens, em nome da multidão, sobre os temas da amizade, coragem e fé.
“Quanto precisa o mundo de missionários do Evangelho, que sejam testemunhas de justiça e paz! Quanto precisa o futuro de homens e mulheres que sejam testemunhas de esperança! Queridos jovens, esta é a tarefa que o Senhor Ressuscitado confia a cada um de nós”, declarou. Leão XIV chegou ao local em helicóptero e passou entre a multidão, em veículo aberto, saudando os jovens, durante largos minutos.
“As relações com outras pessoas são indispensáveis para cada um de nós, a começar pela razão de que todos os homens e mulheres do mundo nascem filhos de alguém. A nossa vida começa com um vínculo e é através de vínculos que crescemos”, indicou o pontífice, numa intervenção em espanhol, italiano e inglês.
O Papa sublinhou que a cultura desempenha um “papel fundamental”, como código para entender-se a si mesmo e ao mundo.
“Buscando apaixonadamente a verdade, não apenas recebemos uma cultura, mas transformamo-la através das escolhas de vida. A verdade, com efeito, é um vínculo que une as palavras às coisas, os nomes aos rostos. A mentira, pelo contrário, separa estes aspetos, gerando confusão e mal-entendidos”, acrescentou.
A resposta à questão sobre a amizade abordou o impacto da internet e das redes sociais nas relações humanas, que se podem tornar “confusas, ansiosas ou instáveis”.
“Estes instrumentos tornam-se ambíguos quando dominados por lógicas comerciais e interesses que destroem as nossas relações em milhares de fragmentos”, assinalou.
Leão XIV alertou para os “algoritmos”, que dizem o que cada um “deve ver, pensar” e quem devem ser os “amigos”.
“Quando o instrumento domina o homem, o homem torna-se um instrumento: sim, um instrumento do mercado e, por sua vez, uma mercadoria. Só relações sinceras e laços estáveis fazem crescer histórias de vida boa”, alertou.
Queridos jovens, procurai o bem uns dos outros. Gostar do outro em Cristo, saber ver Jesus nos outros: a amizade pode, verdadeiramente, ver o mundo, a amizade é um caminho para a paz.”
